Fim da Classificação Indicativa! Será?
Ta Rolando na internet sobre a atual prática da Classificação Indicativa na TV aberta, em jogos, filmes, mostras e festivais de cinema. O tema que tem sido alvo de discussões junto ao público, por iniciativa do Ministério da Justiça desde o mês de novembro, sobre como melhorar e o que deve mudar em relação a prática atual de classificação, que delimita idade para determinados conteúdos.
Como todos sabem, nos últimos anos isso refletiu na quantidade de animes na TV aberta, que caiu absurdamente por causa da Classificação Indicativa, restringindo o número de animações que são viáveis a TV sem que as emissoras precisem mexer em seu conteúdo.
Isso já fez e faz várias vítimas, como Naruto, Dragon Ball Z, Cavaleiros do Zodíaco, Samurai X, entre tantos outros que foram tirados do ar ou censurados por causa do horário.
Mas não só os fãs de animes são contra essa prática. Agora, os roteiristas brasileiros, que incluem desde autores de novelas até os escritores de programas, estão entrando na briga por meio da AR (Associação dos Roteiristas). Segundo a entidade, presidida pelos dramaturgos Marcílio Moraes e Walcyr Carrasco, a atual forma de classificação indicativa está prejudicando os autores de novelas, por exemplo, ao trabalhar com conteúdo artístico criativo, porque as emissoras são obrigadas a impor uma autocensura.
Essa forma de auto-controle do seu conteúdo próprio e original está mudando a forma de se fazer TV, já que todos os horários estão sofrendo interferências do MJ, e por vezes do Ministério Público. A própria AR não é totalmente contra a Classificação Indicativa, mas somente ao problema atrelado a vinculação de horários para a exibição de determinado programa, que vem acontecendo desde 2007 e que obrigou até a Rede Globo a criar sua Rede Fuso, para os estados que tem horário diferente ao de Brasília.
Caso a atual forma de autoclassificação seja alterada sem imposição de horários, talvez haja a esperança do retorno massivo dos animes a TV aberta, sem que as emissoras se vejam obrigadas a adequar as cenas violentas, ou não. Mas na prática isso não existe, até porque o público é bem diversificado em todos os horários, mas específico em determinados programas, vide nós, telespectadores descontentes.
Fim da Classificação Indicativa! Será?
Reviewed by Rafael Oliveira
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